Dois dias antes das manifestações em Fátima, Nossa Senhora aparece no Barral. Conheça a mensagem de Nossa Senhora da Paz
'Diz aos pastores do monte que rezem sempre o terço, que os homens e mulheres cantem a ESTRELA DO CÉU, e se apeguem comigo, que hei de acudir ao mundo e aplacar a guerra’.
(Nossa Senhora da Paz, em 11 de maio de 1917)
Dois dias antes de aparecer aos três
pastorinhos, em 13 de maio de 1917, na Cova da Iria/Portugal, Nossa
Senhora passou por uma outra localidade, também no mesmo país, e deixou
ali sua mensagem. A santa Mãe de Deus ofereceu sua intervenção para
acudir o mundo e aplacar a guerra, e para tanto solicitou que se rezasse
o terço e que se cantasse uma antiga oração.
O QUE ACONTECEU NO BARRAL A 10 E 11 DE MAIO DE 1917
Há 100 anos, no verão de 1914, começou a
I Guerra Mundial. Em pouco tempo, os horrores do conflito espalharam-se
por todo o lado! E, no centro do combate, estavam Portugueses, lutavam
homens de Ponte da Barca.
Longe, muito longe, de todo este mundo de aflições, vivia o pequeno Severino Alves. Tinha dez anos e todo o seu tempo de menino era ocupado a pastorear os rebanhos, nas redondezas do lugar do Barral, freguesia de Vila Chã S. João (Ponte da Barca).
No dia 10 de maio de 1917, Severino inicia a jornada, com a mesma rotina de sempre. Mal o Sol tinha acabado de espreitar nas alturas do Livramento, já o nosso pastor ia a caminho dos montes. Nos seus dedinhos de miúdo, corriam as contas do terço que rezava devotamente, enquanto, com o olhar, tangia o rebanho a caminho do pasto. Até que, numa ramada, perto da ermida de Santa Marinha, sentiu um relâmpago... Era um clarão tão forte e tão brilhante, que o menino ficou estático, impressionado por um grande medo.
Vencida a emoção, deu alguns passos, atravessou um portelo, e olhou em redor. Severino tentava perceber o que se estava a passar... Nesse momento, avistou uma Senhora! Tinha as mãos postas e o seu rosto era lindo, lindo como nenhum outro. Vestia-se de branco e um manto azul cobria-lhe a cabeça. Toda ela era cheia de luz e de esplendor! Fascinado com tamanha beleza da Aparição, o nosso pastor recuou uns passos e caiu por terra, surpreendido com tal acontecimento.
Ainda exclamou ‘Jesus Cristo’, mas nesse mesmo momento a Visão desapareceu...
No dia seguinte, 11 de maio de 1917, uma sexta-feira, sem que sentisse relâmpago algum, quando atravessava o portelo, deparou com a mesma Senhora, que estava no mesmo sítio. Severino caiu de joelhos. Olhou, depois, o rosto sorridente da Aparição e disse-lhe o que o seu pároco lhe havia aconselhado:
Longe, muito longe, de todo este mundo de aflições, vivia o pequeno Severino Alves. Tinha dez anos e todo o seu tempo de menino era ocupado a pastorear os rebanhos, nas redondezas do lugar do Barral, freguesia de Vila Chã S. João (Ponte da Barca).
No dia 10 de maio de 1917, Severino inicia a jornada, com a mesma rotina de sempre. Mal o Sol tinha acabado de espreitar nas alturas do Livramento, já o nosso pastor ia a caminho dos montes. Nos seus dedinhos de miúdo, corriam as contas do terço que rezava devotamente, enquanto, com o olhar, tangia o rebanho a caminho do pasto. Até que, numa ramada, perto da ermida de Santa Marinha, sentiu um relâmpago... Era um clarão tão forte e tão brilhante, que o menino ficou estático, impressionado por um grande medo.
Vencida a emoção, deu alguns passos, atravessou um portelo, e olhou em redor. Severino tentava perceber o que se estava a passar... Nesse momento, avistou uma Senhora! Tinha as mãos postas e o seu rosto era lindo, lindo como nenhum outro. Vestia-se de branco e um manto azul cobria-lhe a cabeça. Toda ela era cheia de luz e de esplendor! Fascinado com tamanha beleza da Aparição, o nosso pastor recuou uns passos e caiu por terra, surpreendido com tal acontecimento.
Ainda exclamou ‘Jesus Cristo’, mas nesse mesmo momento a Visão desapareceu...
No dia seguinte, 11 de maio de 1917, uma sexta-feira, sem que sentisse relâmpago algum, quando atravessava o portelo, deparou com a mesma Senhora, que estava no mesmo sítio. Severino caiu de joelhos. Olhou, depois, o rosto sorridente da Aparição e disse-lhe o que o seu pároco lhe havia aconselhado:
– Quem não falou, ontem, fale hoje...
Então, a voz da Aparição manifestou-se, tranquilizando-o:
– Não te assustes, menino; sou Eu! E acrescentou: Diz aos pastores do monte que rezem sempre o terço, que os homens e mulheres rezem o terço todos os dias e cantem a Estrela do Céu. E as mães que têm os filhos lá fora que rezem também o terço, cantem a Estrela do Céu e se apeguem Comigo, que eu hei de acudir ao mundo e aplacar a guerra.
E, depois de uma pausa, perante o silêncio espantado de Severino que apenas respondeu ‘Sim, Senhora’, a Visão, olhando para uma ramada, exclamou:
– Que gomos tão lindos, que cachos tão bonitos!
O pastorinho olhou e, quando se voltou, viu que a extraordinária Aparição já tinha desaparecido. Uma alegria imensa encheu-lhe a alma. Correu, feliz por ser protagonista de um acontecimento sobrenatural. Ele queria partilhar tão grande maravilha com os seus pais e vizinhos!
– Que gomos tão lindos, que cachos tão bonitos!
O pastorinho olhou e, quando se voltou, viu que a extraordinária Aparição já tinha desaparecido. Uma alegria imensa encheu-lhe a alma. Correu, feliz por ser protagonista de um acontecimento sobrenatural. Ele queria partilhar tão grande maravilha com os seus pais e vizinhos!
Rezem o terço e cantem a “Estrela do Céu”
A sua fé de criança garante-lhe que
acabara de ser protagonista de um acontecimento sobrenatural. Corre a
espalhar a Boa Nova. Ele quer partilhar tão grande maravilha com as
“mães dos filhos da localidade que estão no exército”. Entre outros, há
um fato que a todos deixa perplexos: a referência à 'Estrela do Céu', uma oração que se cantava na freguesia, 'quando havia alguma calamidade ou guerra',
mas que – segundo o pároco – caíra em desuso há mais de quatro décadas,
pelo que o povo a desconhecia. Severino não estava, portanto, a faltar à
verdade. E, 'a todos quantos se acercam dele e põem em dúvida o que ele
viu e relata, responde invariavelmente:
– Se quiserem acreditar, que acreditem; se não quiserem, que não acreditem. Eu fiz a minha obrigação, avisando como me mandaram.
A notícia espalha-se pelas redondezas.
De tal forma que, uma semana depois, no dia 17 de maio, festa da
Ascensão do Senhor, juntam-se 'já numerosos devotos no local das
aparições'. No dia 1 de junho, primeira sexta-feira, chega ao
conhecimento de Sebastião de Vasconcelos, advogado do Porto, com
ligações familiares a Ponte da Barca. No dia seguinte, ele faz-se ao
caminho. Vai ao encontro do pequeno Severino. 'E ali (lê-se
num manuscrito inédito da sua autoria, divulgado pelo Cónego Avelino de
Jesus da Capela da Senhora da Paz, no Lugar do Barral, freguesia de
Vila Chã S. João (Ponte da Barca) Cultura VII Diário do Minho,
QUARTA-FEIRA, 22 de maio de 2013), no meio do povoado, entre
crianças, ouvi a descrição simples e impressionante que me fez, que tem
sido sempre invariavelmente repetida'. Os elementos que recolhe nesta
primeira viagem ao Barral dão corpo a dois artigos que, a 9 de junho de
1917, publica nos jornais católicos do Porto, 'A Ordem' e 'Liberdade', e
que temos seguido de perto nesta apresentação. O título é sugestivo: 'Nossa Senhora do Barral?'.
Peregrinos aos milhares
Os textos despertam enorme interesse,
esgotando-se ambos os jornais, fato que levou “A Ordem” a fazer uma
separata do seu artigo para atender os inúmeros pedidos. No mesmo dia da
publicação dos textos, o 'Senhor Bispo do Porto aprovava a ‘Estrela do
Céu’, concedendo 100 dias de indulgência a quem a rezasse'. Desde aí, espalharam-se aos milhares as pagelas com a ‘Estrela do Céu’
e os jornais publicaram-na, repetidamente. A 28 de julho, “A
Ordem”anuncia ter à venda a música da antífona. Em finais de 1917,
Sebastião de Vasconcelos “mandou fazer uma estampa segundo as indicações
do ‘vidente’ […], com a legenda Regina pacis na frente […] e ‘Súplicas à Virgem Santíssima pela paz’,
no verso”. Muitos jornais divulgam, entretanto, os artigos e publicam
outras notícias, ao longo dos meses de verão, de tal modo que as
aparições do Barral já eram praticamente conhecidas em todo o País e nas
Ilhas adjacentes, quando veio a público a primeira notícia das
aparições de Fátima, que saiu em O Século, a 24 de julho de 1917.
Face à repercussão dos acontecimentos do
Barral, o “Sr. Arcebispo de Braga nomeou ‘uma comissão de graves e
conceituados teólogos’, que foi ao local, logo a 20 de julho de 1917,
para colher elementos para o processo canônico, segundo informaram os ‘Echos do Minho’
(órgão oficioso da diocese de Braga) de 22 deste mês”. Os peregrinos
acorrem aos milhares, vindos das mais diversas terras. O jornal “A Ordem”,
que apenas se refere ao caso de Fátima a 27 de outubro, divulga os
acontecimentos do Barral com entusiasmo, em números seguidos. Nas
edições de 16 e 17 de junho de 1917, diz que a “devoção do Terço do
Rosário ganhou muito com a narrativa do caso do Barral” e noticia que
“tem sido uma verdadeira peregrinação para o lugar do Barral, em Ponte
da Barca, tantas são as pessoas que ali vão interrogar o Pastorinho
Severino Alves acerca da Aparição de Maria Santíssima e ver o local”.
Esta afluência mantém-se durante vários anos, passando a diminuir depois
de 1926. Nem seria de esperar outra coisa, pois, no local, nem sequer
fora construída uma imagem, muito menos uma capela. A atenção e a
devoção vão-se, progressivamente, concentrando em Fátima, onde Nossa
Senhora se manifestara, dois dias mais tarde, a 13 de maio do mesmo
ano...
E, assim, as aparições da Senhora da Paz
quase caem no esquecimento. Quase! Porque, 50 anos depois, Fátima
cruzar-se-ia, de novo, como Barral.
Centro Mariano conhece uma nova alma
Foram, de fato, os historiadores de
Fátima que contribuíram para reavivar o interesse pela Senhora da Paz.
Consultando a imprensa de 1917 para saberem o que se escrevera sobre a
Cova de Iria e, assim, prepararem o 50.º aniversário destas aparições,
acabaram por encontrar numerosos artigos sobre o Barral, situação que
alterou o rumo dos acontecimentos.
Em agosto de 1967, Fátima acolhe o XII Congresso Mariano Internacional
para assinalar o cinquentenário das aparições. O Cônego Prof. doutor
Avelino de Jesus da Costa, historiador e catedrático da Universidade de
Coimbra, é convidado para colaborar e apresenta uma comunicação que
desperta grande interesse: “As aparições de Nossa Senhora do Barral, a 10 e 11de maio de 1917”.
A devoção à Senhora da Paz está a ganhar nova alma. Com autorização do
Arcebispo Primaz, Avelino da Costa – também nascido no Barral e
contemporâneo do vidente pastorinho – escreve uma série de artigos no “Diário do Minho”, que, em parte, são publicados nos jornais “Novidades”, “A Voz” e “O Povo da Barca”.
E, em sintonia com o pároco e os seus conterrâneos, logo pede
autorização para mandar fazer uma imagem e para erigir uma capela no
local. A 24 de junho de 1967, a imagem da Senhora da Paz é benzida e
colocada num nicho, à veneração dos fiéis. E a Confraria de Santa Ana
decide promover a construção da capela, cuja licença é assinada, em maio
de 1968, por D. António Ribeiro, na altura bispo auxiliar de Braga e
futuro cardeal patriarca.
Muito trabalho e várias inaugurações
Orçado em cerca de 400 contos, o templo é decorado com quartzo cristalizado e a inauguração acontece a 15 de setembro de 1969, com a bênção do vigário-geral da arquidiocese, o então cônego e futuro bispo auxiliar de Braga, D. Carlos Pinheiro. “A
solene bênção e inauguração da capela-monumento atingiram um
brilhantismo que ultrapassou o que era de esperar por ter sido em dia de
semana, o tempo estar muito chuvoso e ter havido em alguns meios
obstrucionismo à capela e à sua inauguração”, escreve, na altura,
Avelino de Jesus da Costa. O dia festivo, que mereceu uma reportagem da
RTP, fica, entre outros aspectos, marcado também pela estreia do “Hino de Nossa Senhora da Paz”, letra de Castro Gil e música de Manuel de Faria Borda.
Pouco tempo volvido, já a capela era
considerada pequena para a afluência de devotos. Para remediar o mal,
projeta-se a construção de uma cave por baixo do adro e de uma pequena
casa de recordações, junto da oliveira, que ficara como recordação de
1917. A 2 de maio de 1971, é benzida a cripta e o altar de quartzo,
um enorme bloco cristalizado, o maior existente em Portugal, com cerca
de três toneladas de peso. Neste ano, a festa da Senhora da Paz regista a
presença de altas individualidades, tais como o governador civil do
distrito e o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, sendo a
procissão presidida pelo Vigário-Geral. Em 1972, a festa celebra-se a 20
de agosto, com a bênção e inauguração dos painéis de azulejo
que revestem as paredes da cripta e representam a Última Ceia, as
aparições do Sagrado Coração de Jesus em Paray-le-Monial, as aparições
de Nossa Senhora em La Salette, Lourdes, Pontmain, Fátima e Banneux, os
Santuários Marianos da Peneda, Sameiro e Vila Viçosa, e também de dois
painéis, cada um com seu anjo em saudação à Virgem Maria, tendo o da
direita a legenda “Ave, Maria, cheia de graça” e o da esquerda “Por
Maria a Jesus”.
A 15 de Setembro de 1974, por ocasião do 5.º aniversário da bênção da Capela, é inaugurada uma imagem do Sagrado Coração de Jesus
(4,20 m de altura), de braços abertos. Apesar da forte e persistente
oposição... O Santuário da Senhora da Paz não para de crescer, de se
afirmar como um centro de vida espiritual e de devoção mariana. Apesar da
“forte e persistente oposição de pessoas, que antes nos deviam ajudar. A
pretexto de que as aparições não foram ainda aprovadas pela autoridade
eclesiástica (mas também não foram rejeitadas por ela), faz-se campanha e
obstrucionismo contra o templo e devoção a Nossa Senhora da Paz”–
lamenta-se Avelino de Jesus da Costa, em outubro de 1976.
Independentemente dos contratempos, no ano seguinte, a 29 de maio, acontece mais um momento-alto: é inaugurado o monumento ao Coração Imaculado de Maria, cerimônia que é testemunhada por um elevado número de devotos. São também erigidos monumento ao Anjo da Guarda de Portugal erguendo o Graal, com o Escudo Nacional e uma espada aos pés, e monumento à Paz, este último constituído por um pedestal de quartzo cristalizado, em cima do qual esvoaça uma pomba em
bronze. Na base da estátua do Anjo de Portugal encontra-se uma bela
oração. O local é cada vez mais um ponto de atração de peregrinos e de
muitos turistas, até do estrangeiro, sobretudo ingleses, atraídos, em
geral, pela beleza da magnífica coleção de cristais de quartzo,
considerada uma das melhores do mundo.
Em sintonia com o povo e o pároco, o
Côn. Avelino de Jesus da Costa é, ao longo deste período, o grande
promotor, a alma de todo este projeto que integra ainda o novo Santuário da Senhora da Paz,
edifício mais recente, em sistema basilical de três naves. O Santuário
de Nossa Senhora da Paz localiza-se na Freguesia de Vila Chã S. João
Baptista, no Concelho de Ponte da Barca, Distrito de Viana do Castelo,
situado a cerca de 10 km de distância da sede do concelho, a vila
de Ponte da Barca, na entrada do PNPG (Parque Nacional da
Peneda-Gerês). O Santuário consiste numa humilde capela, com uma cripta
que vale a pena visitar (uma gruta toda forrada a cristal de quartzo,
sendo o altar também de um único e gigantesco cristal em bruto), uma
igreja, um Museu com a maior coleção de cristais de quartzo do país. Tem
ainda três estátuas: uma de Jesus, outra da Pomba do Espírito Santo e
uma terceira, do Anjo de Portugal, erguendo o Graal, com o Escudo
Nacional e uma espada aos pés. Na base desta estátua encontra-se uma
bela oração ao Anjo de Portugal.
Hoje, este é um centro com algum movimento religioso e turístico. O dia maior é o da peregrinação que se realiza no último domingo de maio.
Mas, ao longo de todo o ano, várias são as pessoas que por lá passam,
gente devota da Senhora da Paz, gente atraída pela beleza natural de um
cenário com horizontes largos e convidativos, gente interessada numa
visita aos monumentos e à Biblioteca-Museu que apresenta uma rica
coleção de cristais de quartzo. É um património único, mas ainda pouco
valorizado, seja ao nível do turismo de natureza, seja em termos de
turismo religioso e até no âmbito pastoral.
Cântico Estrela do Céu
Um dos pedidos de Nossa Senhora da Paz em 1917 foi que se rezasse a Estrela do Céu.
Os mais velhos da localidade chamavam
ESTRELA DO CÉU a uma oração que naquela Freguesia se cantava quando
havia calamidade, ou guerra. Para se saber a oração referida, teve de se
recorrer, na altura (1917), a uma velhinha, que a disse como sabia, e
trauteou como pode, depois de terem recorrido sem resultado a toda a
gente moça. O Rev. Abade da Freguesia informou na altura que tal oração
era usada na freguesia há uns quarenta e tal anos, pois, tendo o pároco
61 anos, lembrava-se dela quando criança, mas pôde garantir que desde
então e até às Aparições, ninguém nela falava, e muito menos era usada
na freguesia. O pároco referiu ainda que este fato foi um dos que o
levou a acreditar na história do rapazinho, pois nem este nem a sua mãe
teriam conhecimento da existência dessa oração. Isto faz com que o
pároco acredite que há verdade nas declarações do rapaz acerca da
Aparição.
Estrela do Céu
Senhor
Deus, dai-nos auxilio, união, paz e concórdia, pois assim seremos
dignos da vossa misericórdia. Misericórdia, meu Deus! Misericórdia,
Senhor!
Misericórdia vos pede este grande pecador!
Antífona
A Estrela do céu, que deu o leite ao Senhor, livrou-nos do contágio da morte, que o primeiro pai dos homens trouxe ao mundo.
A mesma estrela se digne apaziguar o céu, cuja ira castiga o povo com morte cruel.
Piedosíssima Estrela do mar, livrai-nos da peste!
Ouvi-nos, Senhora, e intercedei por nós, já que vosso filho nada vos nega e sempre vos honra!
Salvai-nos, Jesus, por quem a virgem, a vossa mãe, vos roga!
Rogai por nós, Santa mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Monumento ao Sagrado Coração de Jesus
A 15 de setembro de 1974, por
comemoração do 5º aniversário da benção da Capelinha de Nossa Senhora da
Paz e também por associação às comemorações do III centenário das
aparições do Sagrado Coração de Jesus, em Paray-le-Monial (França), foi
inaugurada a imagem do Sagrado Coração de Jesus. A imagem encontra de
braços abertos e conta com cerca de 4,20 metros de altura. Num painel de
azulejos apresentado abaixo são ainda apresentadas as seguintes
citações bíbicas:
Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. (Jo. 13.34)
Fazei aos outros o que quereis que eles vos façam a vós. (Mt. 7.12)
Monumento da Pomba da Paz
Monumento ao Anjo Padroeiro de Portugal
A 30 de maio de 1982, por ocasião dos 65
anos das Aparições de Nossa Senhora da Paz ao pastorinho Severino
Alves, foi inaugurado o monumento ao Anjo da Guarda de Portugal. O
Monumento ao Anjo da Guarda foi construído por iniciativa do padre
Oliveiros de Jesus Reis, do patriarcado de Lisboa, no sentido do Anjo
Padroeiro Português ser também o Anjo da Paz. A imagem em granito conta
com cerca de 3 metros de altura e representa acima de tudo um anjo a
elevar o seu olhar ao céu e a oferecer o Sagrado Cálice da Eucaristia à
Santíssima Trindade. Num painel de azulejos apresentado abaixo é ainda
recitada a seguinte oração:
OREMOS
Ó Deus omnipotente e sempiterno que, com inefável providência,
destinais para cada nação um Anjo que a guarde, concedei-nos,
vos rogamos que, pelas súplicas e pelo patrocínio do Anjo Custódio
da nossa nação, sejamos sempre livres de todas as adversidades. Ámen
Anjo Custódio de Portugal, defendei a Nossa Pátria.
Anjo Custódio de Portugal, salvai a Nossa Pátria.
Anjo Custódio de Portugal, santificai a Nossa Pátria.
Em
Ação de graças por todos os dons concedidos por Deus ao Anjo Custódio da
Nossa Nação e por interseção deste à nossa Pátria, digamos 3
vezes: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…
Local da Aparição
Pouco tempo após a Aparição de Nossa
Senhora da Paz ao pequenino Severino Alves, a arquidiocese de Braga
mandou que se vedasse o local onde ocorreu a Aparição. O povo da
Freguesia sempre respeitou aquele Lugar. Geralmente as pessoas
descobriam-se e rezavam. E transmitiam a palavra às crianças: ’Aqui apareceu Nossa Senhora!’ Quando se referiam a esta Aparição diziam: ’Nossa Senhora Aparecida’ ou ’Nossa Senhora de Prado’. (Os campos adjacentes ao local tinham o nome de Prado). Faziam-se Romeirinhos( *)
ao local e sempre houve devotos que lá se dirigiam. O Culto a Nossa
Senhora da Paz, desenvolveu-se sobretudo quando a Confraria de Santa
Ana, cujo presidente era o Rev.mo Doutor Avelino de Jesus da Costa,
promoveu a construção de uma Capela a Nossa Senhora da Paz. Por baixo da
capela encontra-se a Cripta, que mantém intacto o local onde apareceu
Nossa Senhora da Paz ao vidente Severino Alves.
(*) Romeirinhos
são peregrinações, em que a pessoa que obteve a cura vai rodeada de
crianças, a caminho do Santuário, agradecendo a graça recebida. São as
crianças que cantam e rezam durante o percurso e ainda hoje, século XXI,
se realizam embora em menor número.
O Santuário de Nossa Senhora da Paz localiza-se na Freguesia de Vila Chã S. João Baptista, no Concelho de Ponte da Barca, Distrito de Viana do Castelo. Este Santuário Mariano situa-se a cerca de 10 km de distância da sede do concelho, a vila de Ponte da Barca, e fica situado na entrada do PNPG (Parque Nacional da Peneda-Gerês) O Santuário consiste numa humilde capela, com uma cripta que vale a pena visitar (uma gruta toda forrada a cristal de quartzo, sendo o altar também de um único e gigantesco cristal em bruto), uma igreja, um Museu com a maior coleção de cristais de quartzo do país. Tem ainda três estátuas: uma de Jesus, outra da Pomba do Espírito Santo e uma terceira, do Anjo de Portugal, erguendo o Graal, com o Escudo Nacional e uma espada aos pés. Na base desta estátua encontra-se uma bela oração ao Anjo de Portugal.
Imagem de Nossa Senhora da Paz
A autorização para a criação e veneração
da Imagem de Nossa Senhora da Paz foi concedida pelo Senhor Arcebispo
de Braga, D. Francisco Maria da Silva. A Imagem chegou ao local da
Aparição a 24 de Junho de 1967.
A Imagem foi criada de acordo com a
descrição feita pelo vidente. ’O seu rosto era lindo como nenhum outro,
toda Ela cheia de luz e esplendor, de maneira a confundir vista,
cobrindo-lhe a cabeça um manto azul e o resto do corpo um vestido
branco’. (Severino Alves, 1917)
Hino a Nossa Senhora da Paz
O Hino a Nossa Senhora da Paz foi criado
em 1969, quando da Inauguração da Capela de Nossa Senhora da Paz. A
música é da autoria do P. Manuel F. Borda, enquanto a autoria da letra
pertence a Castro Gil (exceto a segunda estrofe). O Hino a Nossa Senhora
da Paz em abril de 2015 recebeu uma harmonização para 4 V.m pela mão de
A. Cartageno. O Hino a Nossa Senhora da Paz foi Aprovado pela Comissão
de Música Sacra a 4 de setembro de 1969.
Interprete: Grupo Coral de Nossa Senhora Da Paz
Letra do hino:
1-Formosa Estrela do Céu
Em sua mensagem diz
Que é de mãos postas, a orar,
Que o mundo será feliz.
Refrão
Senhora, o mundo em tortura
Que de tristeza nos faz…
Valei a tanta amargura
Nossa Senhora da Paz!
Valei a tanta amargura
Nossa Senhora da Paz!
2-A Virgem do Pastorinho
Um recado veio dar:
‘Rezem o Santo Rosário
P`ra paz de Deus alcançar.’
3-De azul e branco vestida,
Com doce e celeste voz,
Ao santo Terço promete
A paz para todos nós.
4-Vida da graça é a vida
Do verdadeiro cristão…
Vamos a Deus por Maria,
Mãe da graça e do perdão.
5-Oração e penitência
É a mensagem dos Céus.
Que o mundo a ouça, e teremos
No mundo a paz de Deus.
6-Aos pequeninos e humildes
Descem palavras de luz…
Só quem for como as crianças
Tem a graça de Jesus.
7-O santo Terço é uma escada
De Jacob que leva aos céus:
A devoção a Maria
Conduz-nos à paz de Deus!
8-A paz de Deus não merece
Quem a alma em pecado tem:
Só pela graça é que às almas
E ao mundo a paz de Deus vem
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